O produtor rural, engenheiro agrônomo e presidente da APROSOJA/RS, Luis Fernando Marasca Fucks, declarou ao programa Contato Direto que os produtores têm um canal aberto com Jair Bolsonaro desde antes da campanha e que o acesso continua positivo. Para Fucks as cogitações de possíveis turbulências nas relações comerciais entre Brasil e China são normais diante de um governo que chega comprometido com grandes mudanças, mas não acredita que isso afetará as exportações de grãos para o gigante asiático. Salientou que a China hoje, precisa, e muito da soja brasileira, o que garante as exportações para os próximos anos. As preocupações maiores, disse o presidente da Aprosoja, estão no chamado Custo Brasil, com a enorme defasagem da estrutura logística de transportes, o que afeta negativamente na formação dos preços agrícolas. Citou como exemplo disso, o sucateamento do transporte ferroviário e as dificuldades no Porto de Rio Grande, onde ainda não foi solucionada a questão do calado, impedindo a chegada de grandes navios. Para o líder ruralista, a retomada dos investimentos em infraestrutura, abandonados pelos governos petistas, será um dos grandes desafios do governo Bolsonaro/Mourão, Mas enfatizou que no curto e no médio prazo, apesar do Custo Brasil e de algumas especulações sobre a Política Externa do futuro governo, não há riscos para a exportação de soja para o mercado chinês.
Luis Fernando Fucks também analisou que a eleição de Jair Bolsonaro vem numa onda de mudanças que já acontecem em alguns países europeus como a França e, principalmente nos Estados Unidos. “ Trata-se de uma onda conservadora dos costumes e valores cristãos, e liberalismo econômico, tendo como base a Propriedade Privada e a Família. O líder da Associação dos Produtores de Soja no RS, destacou ainda que os empreendedores rurais estão confiantes em mudanças legislativas que incentivem a produção e que ele, pessoalmente, compartilha da expectativa da maioria dos brasileiros que esperam a retomada dos investimentos, geração de empregos e o combate constante à corrupção.
· Jaime Flores.