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Segundo informações liberadas pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Giruá-RS, o prefeito Ruben Weimer, assinou a autorização para que a empresa CRVR, responsável pelo aterro sanitário instalado em Giruá e que recebe lixo doméstico de aproximadamente 49 municípios, dê andamento ao projeto de ampliação que visa receber resíduos industriais classe 1. Com essa autorização, a Prefeitura concorda com o projeto e a empresa poderá prosseguir na busca de licenças junto aos órgãos ambientais. Há uma semana, o Prefeito convocou uma Audiência Pública com a presença de representante da empresa CRVR, Dr. Leomir Girardi, porém, muito pouco foi detalhado sobre o referido projeto, sendo que a reunião em si, não decidiu nada.
O Dr. Leomir, entretanto, garantiu que o projeto será ambientalmente seguro. Por sua vez, o Conselho das Cidades, integrado em sua maioria por pessoas ligadas ao Governo Municipal, teria dado o respaldo, e o Prefeito decidiu autorizar.
Os chamados resíduos industriais podem representar um impacto ambiental muito maior que o tipo de lixo doméstico que é aterrado atualmente em Giruá. Considerando que Giruá é um município abastecido por poços artesianos e que o nosso solo é berço de nascentes de vários rios, muitas pessoas têm expressado grande preocupação com o andamento e implantação do projeto. Outras lideranças lembram que aquela região onde se cogita receber lixo industrial, é circundada por áreas produtivas de grãos, alimentos, animais, indústrias de alimentos e até mesmo matas nativas com variada fauna.
QUAL O TIPO DE LIXO VIRÁ PARA GIRUÁ?
Esta é uma pergunta ainda à ser respondida mais amplamente. A Prefeitura e a FEPAM já foram convidadas a falar sobre o assunto pela Rádio Giruá, mas ainda não se manifestaram. O espaço também está disponível à empresa CRVR.
O JORNAL O BUTIÁ, publicou no último sábado uma matéria sobre o resíduo industrial classe 1, que poderá vir para Giruá. Transcrevemos a matéria na íntegra:
“RESÍDUOS CLASSE 1 – São resíduos que em função de suas propriedades físico-químicas, infectocontagiosas podem apresentar risco à saúde pública e ao meio-ambiente. 0s resíduos perigosos pedem mais atenção do gerador, já que os acidentes mais graves e de maior impacto ambiental são causados por essa classe de resíduos. Podem ser condicionados, incinerados, tratados ou dispostos em aterros sanitários próprios.
Como exemplo dessa classe de resíduos: borra de tinta, lata de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com thinner, serragem contaminada com óleo, graxas ou produtos químicos, e EPIs contaminadas (luvas e botas de couro), resíduos de sais provenientes de tratamento térmico de metais, estopas, borra de chumbo, lodo da rampa de lavagem, lona de freio, filtro de ar, pastilhas de freio, lodo gerado no corte, filtros de óleo, papéis e plásticos contaminados com graxa/óleo e varreduras.”
O Jornal O Butiá lembra que o Dr. Leomir informou na Audiência Pública que a capacidade do projeto é para receber no máximo até 10 toneladas/dia de resíduos industriais classe 1.
O QUE GIRUÁ PODE GANHAR COM O PROJETO ?
Informações preliminares sugerem a criação de 07 empregos. Por outro lado, já circulam afirmações questionadoras, dizendo que “ enquanto as outras cidades ficam com os milhares de empregos das indústrias e os impostos, Giruá quer se credenciar a ficar com o lixo.”
Há a expectativa de que ambientalistas, biólogos, empresários, professores, lideranças religiosas, sociais, autoridades e pessoas da comunidade, venham a se manifestar sobre o polêmico assunto, considerando os riscos ambientais e para a saúde pública.